Autoral
Corpo Humano
Humanidade
Humanidade
No íntimo recanto do corpo, onde o olhar comum não alcança, há um universo de texturas e formas, um cosmos de detalhes sutis.
Aqui, na pele macia, em linhas que o tempo traçou, revelam-se histórias não contadas, segredos em cada sulco.
Um poro, um poro apenas, é um portal para a vastidão. Ali, onde o suor desponta, há vida que dança invisível.
Os cílios, como delicadas penas, protegem os olhos da luz intensa, sombras leves de um piscar, como batidas do coração.
Nas digitais, labirintos únicos, marcas de uma identidade, vestígios de toques e gestos, memórias gravadas em espirais.
Os pelos, que se eriçam ao toque, são antenas de sensibilidade, fibras que capturam o mundo, sussurros do vento na pele.
E as veias, rios azuis sob a pele, desenham mapas internos, caminhos de sangue e vida, circulando segredos silenciosos.
Cada cicatriz é uma crônica, escrita com a tinta da dor, mas também da sobrevivência, símbolos de batalhas vencidas.
A boca, fonte de palavras e beijos, é um portal de expressões infinitas, língua que dança e canta, sabor e fala em cada movimento.
Em cada detalhe, em cada recanto, há uma beleza oculta a ser revelada. O corpo humano, em macro visão, é um poema de vida, um mistério sagrado.
Explorar essas terras de pele e formas, é desvendar um microcosmos infinito, onde a intimidade do ser se torna arte em cada fragmento.